Investigadores da Universidade Charles Darwin, no Norte da Austrália, desvendaram um dos segredos da medicina indígena no deserto australiano. Há muito que utilizam Calophyllum inophyllum e Tinospora smilacina para fins medicinais. Afirma-se que o primeiro tem um efeito analgésico, enquanto o segundo reduz a inflamação e acelera a cicatrização de feridas. No entanto, os aborígenes da Austrália nunca pensaram como é que isto funciona exatamente.
O escasso equipamento dos nativos apenas lhes permite esmagar as amêndoas dos frutos de Calophyllum inophyllum e espremer o sumo das folhas de Tinospora smilacina, para depois misturar ambos os componentes com água para produzir bebidas e pomadas curativas. Os cientistas foram mais longe e criaram uma nanoemulsão, uma solução com uma gota de substância de tamanho inferior a 200 nanómetros que pode penetrar na pele. Isto torna possível tratar feridas fechadas – nódoas negras, inflamações, artrite, etc. Utilizaram um método de prensagem a frio para extrair o óleo da planta, a partir do qual fizeram uma emulsão.